Salve-me
Salve-me. É com esse apelo desesperado que começo mais um dia. Não sei bem para quem ou o que direciono meu apelo... Olho em volta e tento analisar as opções: talvez para o sol que apesar de tudo insiste em nascer e devolver as cores que tirei do meu mundo ou para o vento frio que me joga novamente sob as cobertas e elas apenas me acolhem me prendendo em meu sofrimento. Salve-me. Posso parecer insistente mas é o que a necessidade obriga, torço para que o dito seja finalmente ouvido. Salve-me. Apelo mais uma vez e mais uma vez o socorro não vem. Salve-me. E dessa vez escuto em minha própria voz que não existe saída.